domingo, 14 de dezembro de 2014

Carolina

O segredo dactilografado no vento
Vem breve pela oração do amor.
Não o desvendas que ele vem lento:
Espera e não deixes chegar a dor.

Alguém me disse que há vida
Naquilo que és; naquilo que fazes
Nasce a dúvida pelo tempo trazida.
A incerteza sempre cala os audazes.

Viste o mundo que não era nosso,
Abriste o tempo e entrelaçaste-o;
És abrupta quando, de modo grosso,

Não deixas viver os outros em ritmo.
Não vivas opaca como a neblina
E vê quem pelo espanto te encanta.

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