quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Joana

Olá, Joana. Olá.
Já te vi na televisão,
No jornal e na festa de S. Julião.
Não me pareces nada má.

Tens graça - graçinha.
Sorriso côncavo, olhos convexos.
Todo o físico em ti é diminutivo
E tudo o que dizes te eleva.

Joana, qual análise desnecessária.
Simples, bela, eficazmente existes.
E basta isso. Não dependes da razão diária.

Joana parece tão ela-própria,
Tão normal e comum - e comum e normal,
Que nem damos pelo sufixo fatal.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Inês

És um milagre - divina, linda.
Embebida num abraço fraterno entre lágrimas,
Vislumbras com pureza adquirida
A tua brilhante vida, essa de emoções antigas.

Enches-me a barriga de borboletas.
Sim - não se explica de outra maneira.
Quando explicações cessam, nem que queiras,
Não se pode definir o que se sente com letras.

És Inês. Inês-personificação-de-beleza.
És a inteligência sagaz e a sensualidade em balança.
E eu, com uma perseverança que não cansa,

Lembro-te com uma magistral destreza;
E hei-de recordar com saudade
Os nossos dias de tenra idade.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Helena

Ó antiga cena helénica metódica:
Conquistaste além-balcãs
Mil milhões de poetas melódicos,
Embebedaste poderosos imãs

E reis ocidentais tomaram por clássico
A tua força de ambiente catártico.
És quinhentista e milenar pré-divina,
Com deuses e conquistas sem carabina.

Ó nação entristecida, desorganizada
E pela Europa inteira pisada.
Seguraste os quispos ideológicos

Desta nova União poderosa
E esses antigos impérios lógicos
Te fizeram Helena lacrimosa.