domingo, 17 de novembro de 2013

Decadência

Tenho medo.
Sou fraco.
Inútil.

Sou
Intemporalmente
Desamparado.
Continuamente
Desajustado.

Não tenho fé em mim
E qualquer dia morro.
Parece que morrer faz falta
Para que acabem os contínuos,
Os perpétuos e os intemporais.
Mas morrer é um bem que não calha a todos...

Fui de mim o que não queria ser,
Fingindo não querer ser alguém.
Mas nada é isto, nada é o tempo.

Seremos somente o significado
De haver tantos medos inúteis.