segunda-feira, 11 de junho de 2012

De volta

Estou a escrever novamente no "vou escrever um blog" depois de ter escrito um blog. Então, não será a forma "vou escrever um blog" um pouco ultrapassada? Será a designação "Escrevi um blog. E agora, o que faço?" mais adequada? Ou a denominação um pouco mais arrojada mas bastante viril "Escrevi um blog. És lindo, faz-me um filho." servirá para satisfazer a maior parte das pessoas? A discussão está lançada. O debate iminente a esta questão provocará euforia nos leitores, provavelmente. Por isso aproveito para apelar à serenidade e opinião sustentada. É normal que os apoiantes do "Escrevi um blog. E agora, o que faço?" sejam na sua maioria homens desempregados ou jovens adolescentes com demasiado tempo livre em mãos. Por outro lado, os partidários do "Escrevi um blog. És lindo, faz-me um filho." serão possivelmente mulheres, solteiras, entre os 16 e 21 anos, visionárias e com extensos seios. Ou um internauta pedófilo.
Qualquer que seja o título do blog, o importante é o seu conteúdo. Parvamente, o autor destas composições não tem uma mentalidade fixa, um olhar objectivo, denotativo, sobre as diversas temáticas que quer abordar. Ontem, as papoilas do meu quintal eram suaves pêndulos escarlates deliciados pelo sabor do vento, num vai-vem natural, agitando o ambiente cinzento e parado provocado por um céu fechado de nuvens, sem alegria. Hoje, as pobres papoilas eram apenas plantas de um ecossistema dinâmico da biosfera, produtores na sua cadeia alimentar, realizam a fotossíntese e, nesta altura do ano, com o receptáculo aberto e com os estames preparados. Ter exame de Biologia na próxima semana arrasa o espírito conotativo de uma pessoa.
Portanto, conto com as opiniões sensatas dos exigentes leitores. Pensei bastante antes de voltar a tocar neste blog, para mim um fracasso, uma mistura de emoções sem sentido, que baralhava os sentidos seguidores. Com o passado deste espaço aprendi que é fácil tomar uma iniciativa, mas é difícil mantê-la dentro das perspectivas tão distintas de quem seguia este pedaço de mim.

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