I
Quero sentir novamente.
Sem serifa, só escrevendo.
E o que se sente;
O que vai havendo,
Sem censura do presente,
Quer escrever sem innuendo.
Passar pela casa dos meus pais
Que me viu crescer;
E as paredes sentimentais
Guardam promessas recentes
Que se calhar eram permanentes;
Faz-me andar para a frente
Num mundo que me sinto diferente.
A música que escutava.
A métrica que obedecia.
O trabalho que me prendia.
Quem eu outrora amava.
Nem o sinto.
Pois vamos continuar
Para o infinito;
Lírico, como é amar,
Lírico, como é amar,
Real, como construir.
O sorriso olhado,
Envolto de tias,
Envolto de tias,
Descrito por padres,
Capturado em fotografias...
Estou muito ocupado.
II
Continua a realeza na cidade principal.
Podem invadir todo o campo
E desconfiarem do final.
Mas se há pedido ao santo
É que não entrem no palácio,
Que o seu sítio permaneça.
Por inércia, um novo ciclo começa.
Com os soldados que gritam
A uma bala desconhecida,
Afronta novamente a ida...
Para a capital
Com medo da capital
Sem capital
Pode ser capital.
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