segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Quando se deixa de lutar por uma relação

Dia 1:
Ao tomar esta decisão não pensei em mim - mas em nós.
(Mentira...)
Concluímos ambos que "era melhor assim": seguirmos sós.
(Unilateralmente - sem razões e com ira!)

Dia 2:
Já dormimos sobre isso e tudo está a ficar melhor.
(Conseguiste dormir?)
Não há traços a carvão na tela do destino por concluir.
(Somente quando o artista tem à arte pavor.)

Dia 5:
Olá de novo, como está tudo?
(Normal.)
A interação dos astros fizeram-me mudo.
(Tal e qual.)

Dia 25:
Era a distância, era a rotina - o que querias que acontecesse?
(Que lutasses como eu lutei.)
Meu Deus - onde foi que eu errei?
(Em te cansares - em deixares que morresse.)

Dia 50:
Vi-te ontem na biblioteca. Vi que seguiste sem rei nem lei.
(O que querias que acontecesse?)
Que lutasses como eu lutei.
(Mil companhias e nenhuma com quem merece)

Dia 125:
Tenho saudades tuas, vamos voltar ao que éramos.
(Esse passado está esquecido.)
A memória traz um sentimento adormecido...
(É por causa de ti que no presente não namoramos.)

Dia 1875 + π/2
Já és doutora, que orgulho tenho em ti.
(Os meus pais também.)
Um engenheiro e uma médica - pensa bem...
(Pareces aquele parvo dum livro que uma vez li.)

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