Está a acontecer
Perpetuamente...
Consigo agora ver,
Finalmente...
Que ânsia! Que pena...
Agora sei apenas
Que o tempo passado
É o nó entrelaçado
Do acontecimento
De qualquer momento.
O Mal de ontem determina
O Bem que há de vir.
Assim se vê a doutrina
Que faz o inocente rir.
Os conflitos entre povos,
Como poços enlameados,
Têm fim nos fundos trabalhados
Por aqueles que eram novos.
A benevolência é água suja
Que se bebe para que o fundo surja.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Grito artístico & cultural
Alguém padroniza as visualizações artísticas das cidades modernas:
A sociedade embeleza continuamente o caminho onde passa,
Esta feita de pessoas sujeitas à submissão de elas próprias;
Este rastejado pela imundice que é atroz ao mundo.
Ir para a frente numa caminhada intermitente é ouvir
O canto da História - que ao ensinar, em boa hora,
Nada mais faz que nova vida que ao Presente não pertence.
Aos antigos gritos lhes é acrescentado o assento perpétuo
No galho frágil das pessoas que fazem o mundo, este
Que é árvore ramificada da evolução social divergente.
MAS GRITEM, ARTISTAS, QUE NINGUÉM VOS OUVE!
Sentir as belas artes, escrevendo, pintando, rastejando na folha que é tela,
Abrindo o cofre capital guardado nos manuscritos antigos,
Nada mais é que a vida em sabor magnífico: de morango
E framboesa, do mais refinado cacau africano ou café paraguaio.
Começando na purificação intelectual, este gosto experimentado
pelo raciocínio, não se perdendo, não é o gosto de a quem se dirige.
Pela frente enquadram-se os que vêm, que aos que passam
Ninguém diz nada, nada, nada. Pelo meio, enquanto sociedade,
Pode-se crescer em muita coisa, em meios artísticos liberais.
Mas o sonho, esse, por ser de todos, não morre sozinho em alguém.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Soneto das loiras e morenas
Vi uma moça andando
Na rua, sempre tentando
Olhar o gélido frenesim
Da avenida sem fim.
Outra que sentava pelo
Banco do jardim central
Mostrava no regaço belo
Uma compostura desigual.
A que vai, de doirados
E soltos cabelos, vê o
Mundo incerto por ela indo.
A que senta na natureza,
De escuro e profundo capilar,
Observa o mundo por ela passar.
Na rua, sempre tentando
Olhar o gélido frenesim
Da avenida sem fim.
Outra que sentava pelo
Banco do jardim central
Mostrava no regaço belo
Uma compostura desigual.
A que vai, de doirados
E soltos cabelos, vê o
Mundo incerto por ela indo.
A que senta na natureza,
De escuro e profundo capilar,
Observa o mundo por ela passar.
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