Sou preso na indolência
do aparatoso rebuliço.
Sou a sã consciência
do costume conciso.
Amanhã é outro hoje.
Estou num Destino
que dele sempre foge:
tudo um futuro cretino.
Fui a vítima retardada
da vaidosa melhoria
que é sempre adiada
até à final sinestesia.
E tiro de mim quem sou
no panorama ideal,
de onde tudo se tirou
e se tem apenas o mal.
Virão vis e duras águas,
virão coisas já escritas,
mas nunca virão letras
afogar as palavras já ditas.
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