Vem comigo passear:
ver o céu e ver o mar
que o espelha tão
claro e relutante, já
que não tem coisa
outra para espelhar.
(Tamanho grande em vão).
Volta-te para mim:
deixa-me o olhar
luzido de louça,
cristal e límpida.
Porcelana pura,
olhos obscuros
na vista de amargura.
Num relance, renasces.
Observas com um olhar
tudo o que conquistaste.
E questionas-te
porque duraste,
como tudo é fugaz:
tudo o que fizeste ou deste.
E não param.
Vêm como pragas.
Invadem a primavera
que é a tua criação,
o teu verão que
flora na imaginação.
São tudo perguntas.
Mas tudo é em vão.
Lacuna de pensamento.
Inutilidade de espaço,
perda de tempo.
Tudo é pequeno
na escala serena
do meu coração pensante.
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