quarta-feira, 8 de abril de 2015

Anti-amor

Não foi uma memória extinta
Ou um raio de sonho luminoso.
Definhe-se no tempo misterioso
Essa vida que relembro em tinta.

Mas aquela vontade de te dizer
Acima da dor o que me fez doer,
Nem essa, que é certa como tu,
Me fará parar de sentir roto e nu.

Chega de promessas distantes
Ou orvalhos de manhãs brilhantes
Esperando o que nunca chega.

Foi um perpétuo silêncio perene
De uma velha novidade cega.
No amor só toca quem não aprende.

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