Lembras-te, amor, como fomos felizes?
Como vimos as almas um do outro
E jurámos entre sorrisos que a eternidade
Seria fácil de alcançar se nos mantivéssemos juntos?
Percorrias o meu rosto com a ponta dos teus dedos.
Trazias-me a primavera no teu pulso perfumado
Quando acordava nas manhãs húmidas de inverno
Agachado e quentinho entre ti e os lençóis de flanela.
Após o apogeu de tudo isto, que mais faltaria alcançar?
Velho amor, que seria de nós se não tivéssemos tudo?
O que ficou por ver não era o nosso encanto.
Que futuro será o desta gente - essa que faz perguntas;
Que desenterra amores antigos e não os deixa acabar?
Por não haver resposta, guardarmos as memórias das coisas bonitas.
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