sábado, 1 de março de 2014

Olhar de um velho

Quanta paixão perdida
Há no olhar de um velho.

Na escura sala escondida
Repousa o revólver vermelho;
Outrora puro e sem lágrimas.

Esta arma secreta à casa
Não devolve às suas vitimas
O que nunca ousou retirar:
A vida que precisa de amar
A morte que nunca se cansa.

Que ritmo tem esta mudança...

Na guerra onde o velho andou
Houve tiros destroçando vidas,
Sonhos e esposas perdidas:
Ódio até que a Morte se cansou.
Mas na guerra onde o jovem
Com olhar cansado permanece
Tem cores onde sonhos dormem:
O amor da vida não desaparece.

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