Haja poesia! Haja dor e sofrimento,
sinestesia da cor e do pensamento,
translucidez da folha manuscrita
e aquele leitor atento à agonia bonita!
Qualquer homem é homem de ser,
qualquer coração é bandido do corpo,
sente e não quer sentir, amarra o querer
do intelecto e forja o saber lorpo.
Decadência moral, quarto sujo pintado,
enumerado sem sequência e habitado
entre quatro mulheres que escutam.
Decência imoral, trapézio triangular.
Mas o fundo não se vê e a claridade
vem sempre do céu acima de nós.
Desistir é cavar a sepultura dos desejos.
Persistir é abrir as nuvens que no céu brilham.
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