terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Máquina de estados



Nasceste com um fim desenhado
Por quem inda nem o teu nome sabia.
Foste forte e mulher quando eras criança.
As vivências dessa idade próprias
Ficaram por brincar
E cedo cuidaste de quem de ti devia cuidar.

Fez-se da treva um amanhecer novo.
Morreram os antigos
E tu com a juventude tardia por enfrentar.

Parecia que ficara algo por compensar.
Que as experiências que não viveste
Seriam parte integrante do que te definia
E da mulher que ousavas poder ser.

E lá foste tu
Até quereres dizer que não e já não poderes.

Novamente nasceste com um fim desenhado
Num papel trovado com tinta
De um tempo passado que se voltará a repetir.

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