Veste-te com as roupas de Milão,
Encontra um amor de Veneza.
Come o que Nápoles te oferecer
E deixa Roma mostrar sua grandeza.
Que eu me vista com trapos da feira
Para que, com roupa alta costura,
Possas brilhar nas noites em que durmo.
Conquista corações, sê a prevista rotura.
Que eu fique sozinho para sempre
E encontres quem no infinito esteja
Na sua grandeza a viver para ti.
Sê antípoda eterno da solidão.
Que eu passe fome como um prole
E tu comas caviar e camarão.
Deixa-te alimentar até não conseguires
Falar do que comeste de manhã.
Que eu seja pequenino e um
Mísero insignificante. Sim.
E que tu me olhes de cima, com rancor,
E me corrompas irrecusavelmente.
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