No canto de um círculo te encontro
E vejo-te embrulhada em meu redor
Aproveitando o abraço e o calor,
Descrevendo o sorriso que te mostro.
Passas com leveza a ponta dos dedos
Nos meus lábios esperando os teus
E confias-me desconfiada os teus medos
Sem que te passe em pensamento os meus.
Não te pertencem a ti amores excessivos,
Ainda que te pareçam necessários olhares
Molhados que repelem sentimentos nocivos.
Não é daqui, amor, essa vantagem.
Vem. Fica comigo junta e perto.
Aqui já vimos tudo - sigamos viagem.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
domingo, 12 de novembro de 2017
Se não tens que beber
Se não tens que beber,
Bebe a razão;
Já que para sofrer
Chega o coração.
Da tua fala sofrida
Só sai a verdade;
Tão curta é a vida
Nesta cidade...
E tão bela é a noite
Que nos mostra o luar
E se reflete pequena
No teu olhar.
Quando amanhecer
E surgir um bocejo
Lembra-te do beijo
Que ficou por te dar.
Bebe a razão;
Já que para sofrer
Chega o coração.
Da tua fala sofrida
Só sai a verdade;
Tão curta é a vida
Nesta cidade...
E tão bela é a noite
Que nos mostra o luar
E se reflete pequena
No teu olhar.
Quando amanhecer
E surgir um bocejo
Lembra-te do beijo
Que ficou por te dar.
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Ano após ano continuamos andando
Ano após ano continuamos andando.
Eu que por cá reservo memórias
De fingir ter a vida por comando,
De fugir de todas as recordações,
Desejo voltar a quando éramos um.
Esse pensamento é plural como nós.
Está parado no passado e hoje é
Intermitente com as estações do ano.
Sinto-me triste: é outono, acabou o verão.
A melancolia solta-se e as folhas caem.
É um pensamento quase real:
Quase tão real que é sentimento.
E por mais dias que passem, que de dias
Se farão meses, vai e volta como um banco
De jardim num dia solarengo de agosto.
Por fim irás caminhando em contínuo.
Não há ciclos que não se fechem
Nem invernos que durem o ano todo.
Eu que por cá reservo memórias
De fingir ter a vida por comando,
De fugir de todas as recordações,
Desejo voltar a quando éramos um.
Esse pensamento é plural como nós.
Está parado no passado e hoje é
Intermitente com as estações do ano.
Sinto-me triste: é outono, acabou o verão.
A melancolia solta-se e as folhas caem.
É um pensamento quase real:
Quase tão real que é sentimento.
E por mais dias que passem, que de dias
Se farão meses, vai e volta como um banco
De jardim num dia solarengo de agosto.
Por fim irás caminhando em contínuo.
Não há ciclos que não se fechem
Nem invernos que durem o ano todo.
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