Leu-se a bíblia e assim ficou.
Uma peça de literatura originou
Coisas demasiadas. Os homens
Perderam-se e consomem-se
Afirmando entenderem o ideal
Abstracto daquela obra radial.
Li Caim e o Evangelho de Saramago.
(Ou fingi que li - como se lê a Bíblia
De todos nós e de Deus de nós todos.)
As dúvidas que aqui embargo
São falsas como o Gesto Amargo
De Deus Todo-Poderoso-Assim-Assim.
Não é necessário medo ou instituição.
Recuso viver angustiado - assistindo
A textos escritos que nada são.
Ora as pessoas? Fazem-me sorrir
Porque não vejo nada nelas diferente.
Nada me faz Deus, ou outro, sentir.
Mas as pessoas fazem-me contente.
Sim - as pessoas de uma Religião.
Elas são todas iguais. Não são?
Creio nelas. Creio que se há Deus,
Nada em que eu acredite lhe importará.
Mas não há deus pela oposição
De ideias entre povos e comunidades.
Há deus naquelas coisas da bondade.
Há uma entidade divina em cada esquina:
Espreitei e vi-a, de relance, até me esconder.
Há gente cheia de fé - tanta que até chateia.
Mas há outras que - Deus me venha negar -
Pouco querem saber, de tanto adorar.
A Religião é tudo isto e nada mais.
A missão é saber o que comer agora;
Cuidar de quem precisa e jamais
Praticar o mal. Quem isto demora
A enxergar por estar cego com uma
Religião - meus irmãos - haja inferno
Para eles que não chegam ao Inverno.
Leu-se a Bíblia e ficou assim.
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