As musas dos cabelos negros
Na ilha dos amores
Não têm por quem chamar
Ao ofício a que cantam.
Beliscam o marinheiro
Ao longe que as avista;
Não o chamam por vontade
E medo do inesperado.
Sem convite se aproxima
O marujo às divas sentadas;
Repentina é a saudade
Que as deixa imutáveis.
Ao encontro no fim vão
Daquele sonho que vem do mar.
Sentidas de coração e alma
Julgam contar as novidades.
A recompensa final
Não é a ilha dos amores -
Mas a vontade que falta
O orgulho delas tomar.