Meu amor bom, vou contar-te um segredo:
Nunca me apaixonei por ti realmente.
Quando pensei que sim, fiquei todo contente -
Mas rapidamente vi que tudo vinha cedo:
As vãs cartas de amor e as juras de paixão;
O segredar ao ouvido ao som da cascata;
O momento em que te coloquei o anel de prata.
Se perante isto dizes ter havido amor é porque não.
Contentemo-nos com a suave passagem da vida,
Com uma amizade que nunca vai entardecer.
Sabes, quem tem fé diz que há quem decida
Por nós tudo o que vai um dia acontecer.
Mas, amor bom, e se esse que planeia
Tiver mais com que se entreter?
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
As inseguranças duma rapariga jovem
Sozinha vai, triste e amedrontada,
Pela rua escura, macabra e sem fim.
Com casaco fino - é noite de Verão -
Anseia chegar à entrada de casa.
Vem da vida que passa depressa,
Vem sem saber mais o que é paixão,
Respeito ou ódio sem despesa.
Tenta pensar no que lhe faz sorrir,
Mas no pensamento não surge nada.
Quantas mágoas passam naquele coração?
Por quantos desgostos amorosos passou ela?
Tudo isso, casos perigosos quantificáveis.
Mas não é essa a questão...
Ela vai e não volta àquela rua, a rua onde mora.
Pelo caminho lembra-se dos tempos de menina
Em que saltava nas barreiras de água
E salpicava toda contente a curta vida que tinha.
E a menina que ali passava há muitos anos
Perdeu-se no tempo, transformando-se
No seu maior medo - o monstro debaixo da cama,
A rapariga adolescente infeliz e sem caminho clareado.
Pela rua escura, macabra e sem fim.
Com casaco fino - é noite de Verão -
Anseia chegar à entrada de casa.
Vem da vida que passa depressa,
Vem sem saber mais o que é paixão,
Respeito ou ódio sem despesa.
Tenta pensar no que lhe faz sorrir,
Mas no pensamento não surge nada.
Quantas mágoas passam naquele coração?
Por quantos desgostos amorosos passou ela?
Tudo isso, casos perigosos quantificáveis.
Mas não é essa a questão...
Ela vai e não volta àquela rua, a rua onde mora.
Pelo caminho lembra-se dos tempos de menina
Em que saltava nas barreiras de água
E salpicava toda contente a curta vida que tinha.
E a menina que ali passava há muitos anos
Perdeu-se no tempo, transformando-se
No seu maior medo - o monstro debaixo da cama,
A rapariga adolescente infeliz e sem caminho clareado.
Subscrever:
Mensagens (Atom)