sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ah, pá! Um poema d'amor!

Olha, amor: se te importares com
A tua vida faz com que a dos outros
Valha tanto a pena como a nossa.

Verás a luz das estrelas apagar
O vazio da tua paisagem mental.
(Que é mais bela que a Natureza.)

Mudarás de sítio quando a cidade
Onde habitamos se transformar
Na cidade onde sempre habitámos.

E aquelas coisas más que tanto
Nos atormentam por sermos gente,
Verás, serão a base do nosso amor.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Científico-humanístico

Suspiro intermitentemente
Com a ciência que existe
Nesta lamentável mente.
Que alma decadente e triste.

No interior do que sou
Defino-me como me vejo.
Ontem alguém me olhou
E viu tudo o que invejo.

Já não me sinto em mim.
Sou o que tiver de ser.
Nunca me acharei ruím

Enquanto estiver a viver.
Enfim: a maior humanidade
É estudar Ciência de verdade.

domingo, 8 de junho de 2014

Desumanidade

Não procures a humanidade das pessoas.
Estas voltas que se dão todos os dias
Para voltar a iniciar tudo outra vez?
Os ódios provocados pela falta de
Amor que por ser humano não se entende?

Chega de quereres ser humano.
Chega de te contentares com a vida.
Que pretendes de uma coisa que todos têm?
(Mas será que têm mesmo?...)

Desumaniza-te. Encobre os sentimentos
Com letras e palavras e frases.
Escreve para te sentires confuso.

É humano virem coisas ao pensamento,
Mas arremeda isso materializando-o.

(Se calhar a vida é chorar tinta...)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Mata-te

Quando estás morto ninguém quer saber se estás morto.
Enquanto vives sentirás a vida a passar; os dias a ficar atrás
Da solidão perpetuada pelos que outrora estiveram contigo.
Vives e não tens vida; achas a morte e pedes para recomeçar.
Mas pensas que é por acabares que outrora começaste?
Nada é perpétuo na finita contagem do extenso Cosmos.
Não és nada: nem poeira nem matéria nem entulhada negação.

Afim de morreres há quem se enlute e sofra infinitamente.
Não fazes bem nenhum a ninguém. Vive e morrererás.